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A Economia Compartilhada vai “pegar” você e seu negócio

João Kepler, especialista em Inovação e Convergência Digital do Brasil, ensina como entender e se adaptar a Sharing Economy

 

Muito se comentou sobre a Economia Compartilhada, principalmente em 2015. Ano em que grandes empresas que já nasceram neste formato de negócio ganharam visibilidade. Mostraram também ao mundo uma nova forma de negociar. O que você empreendedor precisa saber agora é que independentemente do seu setor ou do seu segmento empresarial, você precisa entender e se adaptar a nova Economia Compartilhada ou Sharing Economy.

Conceitualmente, a Economia Compartilhada é um ecossistema econômico sustentável construído em torno da partilha de recursos humanos, serviços e produtos. Ela inclui a criação, produção, distribuição, comércio compartilhado e consumo de bens e serviços por pessoas e negócios, focados nas pessoas.

Observe que trata-se de uma quebra de paradigma. Sabe por que essa nova economia tem chamado tanta atenção e ganhado cada vez mais espaço no mercado mundial? Porque há séculos tudo é feito da mesma forma quando se trata de varejo e capitalismo mundial. Ou seja, o foco se dá em função única e exclusivamente da compra e venda de produtos e serviços. O que muda? Bom, na Economia Compartilhada podemos, por exemplo, vender o mesmo produto por diversas vezes, sem que o comprador obtenha a propriedade do bem. Nesse formato, aquela única transação dá lugar a muitas outras. No modelo tradicional, nós produzimos e vendemos, simples assim.

 

Os participantes de uma Economia Compartilhada

São pessoas, comunidades, empresas, organizações e associações; todos estão em um sistema de compartilhamento altamente eficiente, para que todos contribuam e se beneficiem. São negócios feitos geralmente diretamente entre pessoas e sem intermediários, onde as pessoas estão no centro desta economia.

 

 

Sharing_Economy

 

 

 

O consumo colaborativo, a troca de experiências e de serviços específicos, de propriedade compartilhada, aluguel, compra coletiva, passando também pela subscrição, pelo empréstimo, pelo micro financiamento, crowdfunding, crowdsourcing etc.: esses são os principais aspectos e modelos de negócios da Economia Compartilhada.

O exemplo mais popular e conhecido do mercado é o Uber, onde pessoas normais (drivers) dirigem seus próprios carros particulares para outras pessoas usando apenas um aplicativo para conexão e negócio entre elas. Existem outros exemplos: o Airbnb, onde as pessoas se hospedam em casas de outras pessoas sem ter necessariamente que ficar hospedados em hotéis tradicionais; o Zipcar, onde qualquer pessoa pode alugar carros de outras pessoas, sem precisar de uma locadora; imagine jantar na casa de um estranho que preparou a mesa especialmente para você, então veja como funciona o Dinner; conhece o Tripda, o aplicativo que busca caronas para reduzir o custo de seu deslocamento? Que tal pegar uma carona com alguém? Deixe seu carro na garagem.

A Economia Compartilhada promove uma cultura nós, onde a comunidade em geral é considerada o bem maior. Preocupações com saúde, felicidade, confiança, experiências, colaboração, compartilhamento e sustentabilidade são características notáveis nesta economia.

E sabe qual é o principal impacto provocado na sociedade? É a mudança de mindset. Pessoas que operam nesta economia têm a preocupação de criar soluções para problemas específicos, têm consciência nos negócios, compreendem o empreendedorismo social, operam negócios sustentáveis e aplicam conceitos e ética nas empresas.

Teremos muito em breve a popularização deste modelo econômico no Brasil, o que fatalmente vai obrigar os negócios atuais a se adaptarem a este novo e gigantesco mercado. Não espere até você e seu negócio serem “engolidos” para mudar sua postura, afinal já está mais do que comprovado que essas mudanças vieram para ficar. Cabe a você escolher se vai se adequar a elas ou assistir ao sucesso dos seus concorrentes.

 

Fonte: Meu Sucesso

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